O QUE SÃO, QUAIS OS TIPOS E COMO SÃO FORMADOS OS FÓSSEIS?

A fossilização depende da composição química original do organismo, da matriz circundante e do tempo que levou para se fossilizar.



VAMOS DESCOBRIR...


Mudanças químicas podem tanto preservar o organismo na rocha como usar o espaço ocupado por ele como um molde, criando sua imagem na pedra milhões de anos após sua morte.



A formação de fósseis requer um conjunto preciso de condições. Se essa combinação não ocorrer, o animal ou a planta mortos irão se decompor. Assim que morrem, são imediatamente atacados por microrganismos, de micróbios a vertebrados maiores que se alimentam de carniça. Os tecidos moles são os primeiros a desaparecer, deixando ossos, carapaças, e outras partes duras como dentes. Com o tempo, estes também desaparecem.

Ocasionalmente, um organismo se instala em um local onde os níveis de oxigênio são baixos  e os elementos de decomposição não podem atuar.

Em alguns casos, organismos podem ter sido enterrados na lama de um lago, engolidos por um deslizamento de terra ou pela mudança de uma duna, ou cobertos pelo fluxo de sedimentos caindo no fundo do oceano. Embora as partes moles logo desapareceram, todos os ossos, dentes, conchas ou madeira, compostos por substâncias como carbonato de cálcio ou celulose, irão levar muitos mais anos para desaparecer.

Além desses meios de fossilização, existe também o âmbar, que é uma resina fóssil que é expelida de árvores, e nela alguns organismo ficaram presos, e com isso foram conservados por milhões de anos.



FLORESTAS PETRIFICADAS


Nessas florestas, a celulose original foi totalmente substituída por sílica que se infiltrou na madeira em forma de solução. 

Às vezes a mineralização só se estende aos espaços vazios entre as fibras da madeira, em outras, a madeira se dissolve e é substituída por minerais. Se a madeira se dissolve deixando uma falha na matriz mais dura que depois é preenchida com minerais, dá-se a pseudomorfose ou fusão natural.


ONDE SE ENCONTRAM OS FÓSSEIS?


Os fósseis não estão distribuídos aleatoriamente pelos estratos rochosos do mundo. Alguns tipos de rocha abrigam grande quantidade de fósseis, outras não.

As rochas são encontradas em três variedades básicas: ígneas (magmáticas), metamórficas e sedimentares. As ígneas são formadas de lava e magma cristalizados. As metamórficas são assim chamadas porque sofrem alterações fundamentais por ação de pressão e calor. Essas rochas não são campos férteis para achar fósseis. Ao contrário, procure por rochas sedimentares, criadas quando a poeira, a lama e outras partículas do solo foram depositadas em camadas e depois solidificadas em rochas. A mesma torrente de chuva que leva uma nova camada espessa de areia finíssima para um lago pode também carregar os restos de animais e plantas que são enterrados.

O calcário, pode ser um dos melhores campos de procura de fósseis, pois com muita freqüência, originalmente criado a partir de depósitos espessos de carapaças de invertebrados, há muitos milhões de anos. O calcário numulítico (é quando o carbonato possui uma mistura de magnésio e cálcio) provém de antigos depósitos de conchas foraminíferas. Os corais antigos também contribuíram para a formação de muitos calcários no mundo.

PERÍODOS GEOLÓGICOS


As unidades do tempo geológico não tem medida padrão. O Período Triássico, no qual os dinossauros começaram a predominar e os amonóides (moluscos cefalópodes) eram comuns nos mares, durou 35 milhões de anos, enquanto o Período Jurássico, no qual os dinossauros dominaram, durou cerca de 65 milhões de anos.

Para lidar melhor com o tempo geológico os paleontólogos usam eras, períodos e épocas. Cada unidade é mais curta que a anterior. A época é menos que o período que, por sua vez, é menor que a era.

A SEGUIR ALGUNS FÓSSEIS INTERESSANTES


Libellula doris


Fósseis de insetos são raros, em parte devido a seus exoesqueletos frágeis e fáceis de serem destruídos. Esta larva de libélula é uma das raras exceções, talvez devido a seu hábitat - lagos ou rios com fundos lamacentos - mais propício à fossilização.
Período: Mioceno



Carcharodon


O tamanho, a forma e as beiradas em serra deste dente mostram que ele pertencia ao C. megalodon, patente do grande tubarão branco moderno do Cenozóico. Comparando o tamanho dos dentes do C. megalodon com o dos tubarões brancos, acredita-se que as espécies extintas atingiam no mínimo 15m.
Período: Cretáceo - Recente.


Calamite


As cavalinhas eram parte importante das florestas do Carbonífero; este tipo, um dos fósseis mais comuns do período, alcançou 18m de altura. Os fósseis representam os caules com sulcos longitudinais. As cavalinhas ainda são comuns em terrenos pantanosos de várias partes do mundo, mas as espécies sobreviventes são pequenas: não ultrapassam 1 m de altura.
Período: Carbonífero superior.


Hildoceras


Amonóide com espirais evolutas achatadas, o Hildocerastem um sulco raso que corre ao longo de cada lado das espirais e da quilha;  as nervuras são curvas
Período: Jurássico.


Protoceratops


A descoberta dos primeiros ovos de dinossauros pela expedição de Andrews à Ásia Central em 1923 atraiu a atenção do mundo. Demonstrou-se que os ovos de Protoceratops são surpreendentemente comuns no deserto de Gobi; em geral encontrados em grupos circulares dentro dos restos de covas que serviam de ninhos.
Período: Cretáceo


Archaeopteryx


Primeiro houve uma pena - a impressão de um estorninho encontrado na Alemanha em 1860, em rochas do Jurássico em que se esperavam dinossauros e não pássaros. Menos de um ano depois o mesmo calcário forneceu um fóssil quase completo de Archaeopteryx cujos ossos podiam ser vistos com clareza.
Período: Jurássico.


Smilodon


Conhecido como "tigre-dentes-de-sabre", estes felinos grandes eram carnívoros comuns na América do Norte e do Sul no Pleistoceno. Os dentes parecem mortais; deviam servir para matar a presa ou tinham um papel social. O mesmo estilo de dentição apareceu nos marsupiais no Plioceno, desaparecendo quando os mamíferos placentários dominaram a fauna dos marsupiais.
Período: Pleistoceno.


LIGAÇÃO COM O PASSADO


Os fósseis são uma fonte que nos liga ao passado, e nos mostram como era o mundo antes de nossa civilização moderna. Ainda há muitos a descobrir, pois o processo de fossilização ainda continua e sempre terá novos fósseis para nos mostrar como era a vida e seus meios.

O REGISTRO FÓSSIL DO PRIMEIRO ANIMAL A VER CORES


Os paleontólogos acharam fóssil de um peixe do Carbonífero com uma retina bem preservada. De acordo com uma equipe do Reino Unido e Japão, liderada pelo Dr. Maeda Haruyoshi de Kyushu University Museum, a visão para ver em cores evoluiu em animais a muito tempo atrás, mais ou menos uns 300 milhões de anosDr. Maeda e seus colegas estudaram os tecidos do olho fossilizado do peixe de 300 milhões de anos de idadechamado Acanthodes bridge e fizeram descobertas incríveis.

O espécime (uma espécie extinta de peixes que se assemelha a um pequeno tubarãofoi descoberto em Hamilton, Kansas, nos Estados Unidos. Ele foi digitalizado sob um microscópio eletrônico e posteriormente em análise química, e o fóssil mostrou evidência de células do cone e hastes na retina.

"Este olho de peixe fóssil é a primeira evidência para sugerir que os animais viam a cores à 300 milhões de anos", disse o Prof Andrew Parker do Museu de História Natural de Londres, que é um co-autor do artigo publicado na revista Nature.

Outras partes do sistema visual não foram preservadas no registro fóssil, porque o tecido mole do olho e cérebro decompõem rapidamente após a morte. "É o primeiro caso de visão de cores em um antigo animal extinto, provando que a visão há cores existia à um longo tempo antes do período Jurássico,disse o professor Parker.

A retina de Acanthodes bridge é muito bem preservada, permitindo para os paleontólogos encontrarem o primeiro registro de células de cone e hastes oculares em animais. O Prof Parker acrescentou: "ambos são como na retina de um moderno olho humano e animal que permitem a visão para ver as cores."

"Podemos agora usar essas técnicas para analisar os pigmentos de cor em outros animais antigos, trazendo-nos mais perto do momento em que visão para ver cores evoluiu em primeiro lugar."

O REGISTRO FÓSSIL DO CUIDADO PARENTAL NOS ANIMAIS


Os restos fossilizados de um pequeno réptil aquático cercado por seis bebês sugerem que o animal extinto estava cuidando dos mais pequenos quando eles morreram, segundo um novo estudo.

O réptil é uma espécie extinta dos chamados Philydrosaurus (gênero extinto de antigos répteis encontrados na China), e provavelmente viveram durante o Cretáceo Inferior, um período de tempo que se estende por cerca de 145 para cerca de 100 milhões de anos atrás. Um agricultor anônimo doou os "esqueletos maravilhosamente preservado" para o Museu Jinzhou de Paleontologia, no nordeste da China, em 2010.

O adulto do grupo é aproximadamente quatro vezes o tamanho dos mais pequenos, que parecem ser juvenis das mesmas espécies. Todos os jovens são semelhantes em tamanho, por isso é provável que eles nasceram em uma ninhada, ao mesmo tempo, disseram os pesquisadores. Tendo em conta que todos estes animais morreram bem próximos um do outro, é provável que o adulto cuidava dos jovens bebês.

"Embora seja possível que os indivíduos foram todos arrastados juntos durante ou logo após o evento que os matou, é certo que este espécime mais provável represente uma instância de cuidado parental pós-natal", escreveram os pesquisadores no estudo.

Cuidado parental é visto em outros animais, incluindo crocodilos e aves, que viveram durante o tempo dos dinossauros. Por exemplo, crocodilos defendem seus filhotes dos predadores, e os pássaros protegem e alimentam seus filhotes.

É raro, mas não inédito, para encontrar evidência fossilizadas do cuidado parental entre os animais antigos. Pesquisadores descobriram outras instâncias do cuidado parental entre os dinossauros Psittacosaurus (gênero extinto de dinossauros bípedes) e Oryctodromeus (dinossauros herbívoros bípedes), bem como na família Varanopidae, os "Pelycosaur", um réptil antigo que parecia um lagarto monitor moderno.

Na verdade, o comportamento de "cuidar" provavelmente evoluiu várias vezes em vertebrados, disseram os pesquisadores. Neste caso, o adulto é provável que era uma mãe, de acordo com uma análise da anatomia da criatura, disseram os pesquisadores.

"Isso mostra que os Philydrosaurus tinham o cuidado parental com os jovens após a eclosão, sugere proteção pelo adulto, presumivelmente contra predadores", escreveram os pesquisadores no estudo. "O seu tamanho relativamente pequeno teria significado que eles provavelmente foram expostos a altas pressões e predação, como o nascimento com vida, e os cuidados pós-natal dos pais pode ter melhorado a sobrevivência da prole. "

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